A associação ambientalista Zero diz que se trata de uma meta “ambiciosa”, mas necessária para reduzir a dependência energética do país e a emissão de gases com efeito de estufa.
O Plano Nacional Integrado de Energia e Clima 2021-2030, que define as metas nacionais para energia e clima até 2030, é apresentado esta segunda-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Em declarações à TSF, a associação ambientalista Zero mostra-se satisfeita com o aumento de mais de 50% da energia final renovável até 2030 – passando do valor previsto de 31% em 2020 para 47% em 2030.
A Zero fala num “objetivo ambicioso”, mas que “é fundamental para reduzir a dependência energética do país em relação ao exterior, e principalmente, para assegurar a redução de emissões de gases com efeito de estufa em linha com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica em 2050”.
A associação ambientalista deixa, no entanto, um alerta quanto à posta na energia solar, que precisa de crescer nos próximos anos.
“Espera-se que a aposta na energia solar para a produção de eletricidade descrita no plano contrarie o decréscimo de 3,8% da produção fotovoltaica que se verificou entre 2017 e 2018, onde representou apenas 1,6% do total da eletricidade consumida”, diz a Zero.
A associação lamenta ainda que os planos e programas de promoção da eficiência energética estejam “longe de alcançarem os objetivos esperados para 2020” e aponta como uma das principais prioridades o isolamento térmico mais eficiente das habitações.