Europa caminha para um futuro mais verde

A nossa economia atual à base de combustíveis fósseis atingiu os limites.

Energia na Europa. “A nossa casa está a arder.” Esta é a mensagem das manifestações do movimento estudantil “Fridays for Future” que se espalharam pelo continente europeu.

A Comissão Europeia parece ter entendido o significado da mesma e anunciou o ambicioso pacote legislativo “Fit for 55” esta semana.

“A nossa economia atual à base de combustíveis fósseis atingiu os limites. Sabemos que temos que avançar para um novo modelo, que seja movido pela inovação, que tenha energia limpa, que caminhe em direção a uma economia circular”, sublinhou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante a apresentação.

O setor de energia é responsável por mais de 75% das emissões de gases com efeito estufa. Pretende-se garantir que 40% da energia provenha de fontes renováveis até 2030. Para Ursula von der Leyen, não se trata de uma “aspiração política, mas uma obrigação legal.”

Para atingir o objetivo, vai promover-se a eletrificação direta, usando eletricidade gerada através da energia eólica e solar ou fornecendo aquecimento através de bombas de calor. Recorrendo ao calor renovável direto ou a redes de aquecimento e arrefecimento urbano.

Mas, e se o vento não soprar nem o sol brilhar?

É nesses casos que outras energias limpas, como biocombustíveis avançados, são chamadas a intervir a par do hidrogéneo verde e de combustíveis sintéticos à base de hidrogénio.

Para a organização não-governamental Global Witness, é preciso definir claramente o hidrogénio junto das pessoas.

As pessoas podem ter ouvido muito alarde acerca do hidrogénio.

“As pessoas podem ter ouvido muito alarde acerca do hidrogénio. Este tem sido o foco central da indústria dos combustíveis fósseis, promovendo o hidrogénio como a solução para tudo o que as pessoas podem ter. Alguns exemplos são carros a hidrogénio, aquecimento a hidrogénio, comboios movidos a hidrogénio, autocarros movidos a hidrogénio. O hidrogénio pode fazer tudo. As águas sobre a origem desse hidrogénio também se tornaram mais turvas. O que realmente queremos é clareza em vez de procurar a origem do hidrogénio porque isso é muito importante e determina se é uma solução climática ou não”, referiu Tara Connolly, da Global Witness.

A realidade é que apesar de haver a ambição, as cidades europeias ainda não estão equipadas para ter aquecimento e mobilidade livres de combustíveis fósseis.

Alix Bolle, da Energy Cities, associação europeia de autoridades locais e outras entidades de âmbito local que promove soluções inovadoras para o futuro da energia.

Precisamos de assegurar que as cidades estão realmente equipadas para fazer isso, porque neste momento há uma enorme falta de competências de recursos humanos e de capacidade técnica nas administrações locais para fazer isso.”

Cumprir os objetivos ambiciosos será, agora, crítico. São de esperar contendas intensas à medida que países com interesses e pontos de partida diferentes tentam encontrar um terreno comum, garantindo que a Europa não perde a vantagem competitiva e que não sejam os consumidores a pagar todas as faturas.

https://pt.euronews.com/2021/07/15/europa-caminha-para-um-futuro-mais-verde

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